Se existe um jogador subestimado na NBA, é Eddie Johnson. Talvez por conta do seu arremesso "flutuante", ou por jogar em uma época com grandes craques, ou até mesmo por ser de Illinois, sei lá, ele apenas não teve o reconhecimento merecido.
Durante sua carreira na NBA, Johnson foi reserva em mais de 60% dos 1199 jogos. Defendeu sete equipes como profissional, sendo seis no maior basquete do mundo e uma na Grécia (normalmente, grandes jogadores defendem poucas equipes, mas não é uma regra), e ainda foi confundido com "Fast Eddie Johnson", ex-jogador dos Hawks que teve problemas com a justiça e posteriormente expulso da NBA. Na época, ele resumiu a história:
"Foi o pior dia da minha vida".
No entanto, nada é mais controverso na carreira de Johnson como nunca ter sido chamado para o All Star Game. Se nós torcedores do Suns achamos injusto Goran Dragic ter ficado de fora na temporada passada, imagine isso acontecendo por mais de dez temporadas. Johnson é o jogador com mais pontos na história a nunca ter participado do evento.
Eddie Johnson teve números ótimos e consistentes, como 10 temporadas consecutivas com médias superiores a 14 pontos, sendo nove com 17 pontos ou mais de média, sempre com aproveitamento superior á 45%. O máximo que conseguiu foi ser eleito o melhor sexto homem da liga, em sua segunda temporada com o Suns.
Mas o All Star Game é assim. A escolha é realizada por torcedores e técnicos, que nem sempre são coerentes. Mais inexplicável do que a ausência de Johnson em todos esses anos, só o o fato de Joe Johnson (atualmente nos Nets) tem participado sete vezes.
E por falar em Suns, Johnson chegou ao Vale do Sol em 1987-88, ano em que o Suns viveu um período de transição. Foi a última temporada de ídolos como Larry Nance, Alvan Adams e Walter Davies. Apesar da péssima campanha (28-54), Eddie Johnson foi titular em 59 jogos, com 17.7 pontos de média.
No ano seguinte, o Phoenix Suns renasceu e conseguiu uma campanha espetacular, com 55 vitórias. Até então, nenhuma equipe da NBA tinha dado um reviravolta tão grande na temporada regular.
Mais uma vez, todo o crédito foi dado a outros jogadores da equipe, como Kevin Johnson, Dan Majerle e Tom Chambers, porém, Eddie Johnson merece grande destaque, por ter sido o segundo maior cestinha da equipe. Quem também estava no elenco era Jeff Hornacek, atual técnico do Suns.
Pode-se ver o alto desempenho de Johnson nesta partida contra o Los Angeles Clippers em que, após marcar só dois pontos no primeiro tempo, conseguiu incríveis 43 na segunda etapa e prorrogação.
Em seguida, Johnson defendeu o Suns em apenas mais uma temporada e deixou a franquia para defender os SuperSonics. Apesar de poucos anos, conseguiu decidir diversas partidas e entrou para a história da franquia.
Ao acessar o site oficial de Johnson, percebe-se ele é classificado como um jogador mediano de basquete, porém, ele foi muito mais do que isso.
Eddie Johnson teve 17 temporadas na NBA e sempre jogou em alto nível, com ótimos números e aproveitamento. Deixou a Liga em 1999 com mais de 19000 pontos e 47% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Possui mais pontos do que muitos jogadores do Hall da Fama, como Scottie Pippen, Julius Erving e Isaiah Thomas.
Alguns acreditam que, se tivesse continuado no Suns, teria sido jogador chave na disputa contra Michael Jordan e o Chicago Bulls. Não saberemos como teria sido, porém, anos depois Johnson realizou o sonho de jogar com Charles Barkley e viver um dos melhores momentos de sua carreira:
Após a carreira na NBA, Johnson se tornou comentarista e vive no Arizona, trabalhando nos jogos de universitários, do Phoenix Mercury na WNBA e, é claro, do Phoenix Suns.
Histórias e dados adaptados do Brightside of the Sun e Basketball reference.
Histórias e dados adaptados do Brightside of the Sun e Basketball reference.
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