A casa brasileira do Phoenix Suns!


A vida do Dragão




O melhor jogador do Phoenix Suns hoje é Goran Dragic, ele é o franchise player. Mas para chegar a esse nível, o esloveno teve de percorrer um longo caminho, saindo da Eslovênia e passando por Espanha, Phoenix e Houston, até retornar à Phoenix na temporada passada. Voltou para onde nunca deveria ter saído, para fazer o que gosta:

“Está dentro de mim, no meu sangue”, disse Dragic. “Eu amo basketball”.



Eslovênia

Dragic cresceu em uma cidade longe de Phoenix e por muito tempo nem pensava em ser jogador da NBA. Vindo de Ljubljana, capital do país de possui cerca de 2 milhões de habitantes, Goran começou em outro esporte, um bem popular entre os brasileiros: o futebol.

Dragic jogou futebol durante dois anos, até que, se contundiu quando tinha onze anos. Foi uma lesão gravíssima e que o obrigou a parar de jogar:
“É uma história engraçada”, disse o esloveno. “Primeiramente, comecei jogando futebol, depois basquete. Até que machuquei a perna e minha mãe disse: ‘Chega de futebol! ’”.

Caso continuasse no futebol, Dragic não seria hoje o armador principal de uma das melhores franquias da liga. Os amigos também influenciaram na decisão do Dragão e o convenceram a mudar de esporte:

“Os garotos da vizinhança e meus melhores amigos jogavam basquete e disseram: Vamos lá, você deveria jogar basquete’”.


“Eu fui a um treinamento e me diverti, então todos começaram a falar sobre a NBA. Eu nunca havia assistido a um jogo antes, e desde então passei a assistir.” Confidenciou Dragic.

Se para nós brasileiros já é difícil acompanhar alguns jogos da NBA, imagina para quem está na Eslovênia. Dragic passava as madrugadas assistindo aos jogos e idolatrava jogadores como Allen Iverson, Jason Kidd, Steve Nash e ele, Michael Jordan.

Dragic jogou em ligas menores na Eslovenia e na liga Espanhola, até que o seu sonho tornasse realidade. Agora são os pais de Dragic que passam horas e horas acordados nas madrugadas para assistir aos jogos da NBA.

Dragic sente falta de seus pais, mas também entende que era necessário essa mudança, para que pudesse realizar o seu sonho. Também tem saudades de seu irmão, Zoran Dragic, que recentemente assinou com uma equipe espanhola. Fica a dica para o novo manager do Suns, já que a franquia gosta decontratar irmãos.





Phoenix

Em 2008, Dragic foi selecionado no draft pelo San Antonio Spurs e em seguida, trocado com o Phoenix Suns. Finalmente realizaria o seu sonho, porém, em um país com outra língua e cultura diferente.

“Foi difícil de me acostumar, cultura diferente, comida diferente. E eu ainda nem falo inglês bem”. 

Dragic também teve dificuldades dentro de quadra:

aprendendo com o mestre
 “Do ponto de vista do basquete, também foi difícil. O jogo é mais duro e mais forte do que na Europa, tive muitos problemas no início.”

Dragic foi reserva de Nash no Suns durante dois anos e meio, mas mesmo assim mostrava que estava no caminho certo.

Em 2010, no jogo 3 dos playoffs contra o San Antonio Spurs, Dragic se tornou um dos jogadores mais queridos pelos torcedores, após uma atuação épica. Foram 26 pontos do esloveno, sendo 23 no último quarto. Logo depois, o Suns varreu os rivais e foi à final de Conferência.

“Naquela noite, a cesta estava tão grande quanto uma piscina, e eu tive a sensação de que se arremessasse a bola no meio da quadra, eu acertaria”.

Apesar de boas partidas, Dragic foi trocado na temporada seguinte com o Houston Rockets. Com a equipe do Texas, o esloveno foi muito bem e conseguiu ótimos números quando atuou de titular na franquia.

Dragic então retornou ao Phoenix Suns, mas dessa vez para ser o armador principal da equipe. Isso pode ser observado logo na apresentação, quando mudou o seu número da camisa de 2 para 1.

De volta à Phoenix, Dragic leva uma vida diferente da que levava quando chegou à NBA. Já adaptado à cultura e ao idioma, vive cercado de amigos e da namorada, que também é eslovena (mas isso é história para o Nelson Rubens contar).

Na primeira temporada como titular, Dragic liderou a equipe do Arizona em pontos e assistências e cumpriu bem o papel de líder da equipe. Infelizmente, os resultados não foram bons, mas se tem uma certeza em Phoenix, é de que Dragic tem que ser o armador da franquia nos próximos anos.

“Estou contente por estar saudável, e por jogar basquete, o jogo que amo”.


Dragic parece ter encontrado o seu caminho e o que todos os torcedores esperam é que essa felicidade dele chegue aos torcedores, através de vitórias.


Artigo adaptado do blog do Suns, espero que tenham gostado.  

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